TL;DR:
  • Dificuldade de Mineração de Bitcoin bate recorde com um aumento de 3,9%, alcançando 95,7 trilhões no bloco 866.880.
  • Taxa de hash também atinge novo pico, ultrapassando 700 EH/s pela primeira vez.
  • Receita dos mineradores caiu após o halving, pressionando os menos eficientes a sair do mercado.
  • Mineradores dos EUA dominam 30% da taxa de hash, enquanto empresas que diversificaram em IA se destacam.
  • Preço do Bitcoin se mantém forte, com uma valorização de 59,2% no ano, com alta de 2,96% nas últimas 24 horas.

Dificuldade de Mineração alcança recorde histórico

A dificuldade de mineração do Bitcoin aumentou 3,9%, atingindo o recorde histórico de 95,7 trilhões no bloco 866.880. Esse número é a métrica que define o quão difícil é encontrar um novo bloco e, consequentemente, ganhar as recompensas em Bitcoin. Ela se ajusta automaticamente a cada 2016 blocos, algo em torno de duas semanas, para garantir que novos blocos continuem sendo criados a cada 10 minutos, independentemente da quantidade de mineradores ativos.

Mas antes desse ajuste, os blocos estavam sendo minerados em média a cada nove minutos e 37 segundos, ou seja, o aumento na dificuldade é uma forma de equilibrar a rede, já que mais mineradores estão competindo para validar transações.

Hashrate também atinge recordes

Além do aumento na dificuldade, a taxa de hash, ou seja, o poder computacional total da rede, também bateu recorde. A média móvel de sete dias chegou a 723,6 EH/s, ultrapassando os 700 EH/s pela primeira vez na história. Esse aumento veio após o halving de abril, que reduziu a recompensa por bloco de 6,25 BTC para 3,125 BTC.

O interessante aqui é que, embora o halving tenha reduzido a recompensa, os mineradores voltaram a aumentar suas operações, mostrando confiança no mercado e buscando manter sua competitividade na rede. Afinal, quem não se adapta, fica pra trás, né?

Mineradores precisam se adaptar para sobreviver

Como era esperado, o halving impactou diretamente as receitas dos mineradores. Antes do evento, a média móvel de sete dias da receita dos mineradores chegou a $72,4 milhões, mas depois do halving esse valor despencou para algo entre $25 a $35 milhões. Com a queda nas receitas, os mineradores menos eficientes foram forçados a abandonar a corrida, enquanto os mais robustos continuam na disputa.

Outra métrica importante é o preço do hash, ou seja, o valor esperado por 1 TH/s de poder de hash por dia. Esse valor chegou a cair para $0,04 em setembro, um recorde negativo, mas já começou a se recuperar, alcançando $0,048.

Mineração pública nos EUA domina 30% da rede

Com o aumento da dificuldade e da competição, a mineração de Bitcoin está se concentrando cada vez mais em grandes empresas públicas, especialmente nos EUA. Atualmente, mineradoras públicas dos EUA representam 30% da taxa total de hash da rede. Isso reflete uma tendência de centralização, o que levanta algumas discussões sobre a descentralização do Bitcoin.

Empresas como a Core Scientific, IREN e Terawulf, que diversificaram suas operações para incluir inteligência artificial (IA) e computação de alto desempenho, estão se saindo melhor no mercado de ações. Por outro lado, mineradoras focadas exclusivamente em Bitcoin, como CleanSpark, Riot e MARA, têm enfrentado maiores desafios.

Isso nos mostra a importância de diversificar. O mercado de criptomoedas é volátil e imprevisível, e empresas que conseguem adaptar suas operações para incluir outras áreas de tecnologia estão conseguindo resultados mais sólidos.

Preço do Bitcoin segue firme

Mesmo com toda essa movimentação no setor de mineração, o preço do Bitcoin continua forte. Atualmente, o Bitcoin está sendo negociado a $68.306, com alta de 2,96% nas últimas 24 horas. No acumulado do mês, a moeda subiu 6,6%, e no ano, o ganho já chega a impressionantes 59,2%.

Isso mostra que, apesar dos desafios enfrentados pelos mineradores, a confiança no Bitcoin continua alta. Além disso, o mercado segue atento às questões macroeconômicas, como as políticas monetárias globais, que podem impactar o preço da criptomoeda nos próximos meses.

Conclusão

A mineração de Bitcoin está em um momento de grande transformação. O aumento na dificuldade e na taxa de hash mostra que a competição está mais acirrada do que nunca, enquanto mineradoras menores e menos eficientes são forçadas a sair do jogo. As grandes mineradoras, especialmente nos EUA, estão dominando o cenário, com algumas se adaptando para incluir novas tecnologias como a IA.

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