TL;DR:
  • O real perde de 12% a 13% de valor ao ano.
  • Investimentos que superam essa perda são essenciais para não empobrecer.
  • Bitcoin tem se destacado como o ativo de maior retorno médio anual (184,96%).
  • O ouro, S&P 500, Nasdaq, Bovespa e Selic possuem retornos menores e, em muitos casos, insuficientes.
  • Bitcoin e Nasdaq foram os únicos a evitar a perda de riqueza no Brasil na última década.

A desvalorização do real: o vilão silencioso

Muita gente não percebe o quanto o valor da nossa moeda vem caindo ao longo dos anos. Segundo Cauê Oliveira, analista da BlockTrends Brasil, o real perde entre 12% e 13% de valor todos os anos. Isso quer dizer que, se você deixar seu dinheiro parado, ele estará valendo bem menos daqui a um ano.

Imagine só: todo ano você precisaria ganhar ou investir de forma a superar essa desvalorização, caso contrário, seu poder de compra vai despencar. É como correr na esteira – você se movimenta, mas não sai do lugar.

Comparação entre investimentos: o que vale a pena?

Entre 2014 e 2023, diversos ativos foram analisados para ver quais deles poderiam proteger o patrimônio dos brasileiros contra essa perda de valor. O resultado é surpreendente: apenas o Bitcoin e o índice Nasdaq conseguiram, em média, compensar a desvalorização da nossa moeda.

Bitcoin: o campeão de retornos

Apesar da sua volatilidade, o Bitcoin teve um retorno médio anual impressionante de 184,96%. Claro que ele teve seus momentos ruins, como as quedas de -58,6% em 2014 e -72,56% em 2018, mas no balanço geral, quem apostou no Bitcoin ao longo desses anos saiu ganhando.

Essa criptomoeda, que no início foi vista com desconfiança por muitos, acabou se mostrando uma excelente alternativa para quem quer proteger seu patrimônio da desvalorização do real.

Ouro: segurança com retornos mais modestos

O ouro sempre foi visto como um porto seguro contra a inflação e crises econômicas. Ele teve um retorno médio anual de 5,65% nos últimos dez anos, sendo que em 2020, no auge da pandemia, chegou a ter um pico de 25,12%. No entanto, para quem está tentando superar a perda de valor do real, esse retorno pode não ser suficiente.

S&P 500 e Nasdaq: as ações americanas em destaque

Os índices americanos também mostraram resultados sólidos. O S&P 500, que reúne as maiores empresas dos EUA, teve um retorno médio anual de 10,66%, enquanto o Nasdaq, mais focado em empresas de tecnologia, apresentou 15,28% de retorno médio por ano. Para os brasileiros, o Nasdaq foi uma das poucas opções de investimento que, de fato, superou a desvalorização do real.

Bovespa e Selic: investimentos tradicionais no Brasil

O índice Bovespa, que reflete a performance das ações negociadas na Bolsa de Valores brasileira, teve um retorno médio de 9,75% ao ano. Já a taxa Selic, a principal taxa de juros do país, rendeu em média 9,36%. Esses retornos, embora acima da inflação, foram insuficientes para proteger completamente o poder de compra dos brasileiros diante da desvalorização do real.

O que aprender com esses dados?

A conclusão é clara: investir em ativos que trazem altos retornos é essencial para não perder patrimônio. O Bitcoin e o Nasdaq se destacam como as melhores opções para evitar a perda de riqueza ao longo dos anos. No entanto, é importante lembrar que o Bitcoin, por ser muito volátil, exige um perfil de investidor mais arrojado, que está disposto a correr riscos em troca de grandes retornos.

Para quem busca uma alternativa mais conservadora, o ouro ainda é uma boa opção, apesar de não ser tão eficiente quanto o Bitcoin na proteção contra a desvalorização.

Qual é o futuro dos investimentos no Brasil?

Diante da instabilidade econômica e da constante desvalorização do real, os brasileiros precisam ficar atentos às opções de investimento. O mercado de criptomoedas, com destaque para o Bitcoin, continua atraindo a atenção de investidores que buscam altos retornos e proteção contra a inflação. No entanto, diversificar os investimentos entre criptomoedas, ações e ouro pode ser a melhor estratégia para quem quer se proteger dos riscos e aproveitar as oportunidades.

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