TL;DR
A América Latina, com destaque para Argentina e Brasil, se tornou um centro crucial para o uso de criptomoedas. Fatores como inflação e desvalorização da moeda local, além de mercados de investimento desenvolvidos, impulsionam a adoção na região. A Argentina e o Brasil estão entre os dez principais países em termos de propriedade de criptoativos, com a Venezuela também se destacando. Globalmente, a propriedade de criptomoedas está crescendo, liderada pela Ásia.
América Latina e Criptomoedas: Um Casamento Perfeito?
A América Latina está ganhando destaque no mundo das criptomoedas. A necessidade de escapar da inflação galopante e da desvalorização das moedas locais, combinada com a busca por investimentos mais seguros, faz com que a região seja um terreno fértil para a adoção de criptoativos.
Ranking de Propriedade de Criptomoedas: Argentina e Brasil no Topo
Segundo um relatório da Triple-A, a Argentina e o Brasil estão entre os dez principais países em termos de população que possui criptomoedas. Os Emirados Árabes Unidos lideram com 25,3% da população investindo em cripto, mas a América Latina não fica muito atrás:
- Argentina: 18,9% da população (4º lugar)
- Brasil: 17,5% da população (6º lugar)
Esses números impressionantes mostram como as criptomoedas se tornaram uma parte essencial da estratégia financeira para muitos na região.
Por Que a Argentina Abraçou as Criptomoedas?
Na Argentina, a crise econômica é um dos principais motores da adoção de criptomoedas. A inflação alta e a desvalorização constante do peso argentino levam os cidadãos a buscar alternativas para proteger seu dinheiro. As stablecoins, que são criptomoedas atreladas a ativos mais estáveis como o dólar, são particularmente populares. Em 2023, 80% das compras de cripto na Argentina envolveram stablecoins, mostrando uma clara preferência por manter o valor do dinheiro em segurança.
O Brasil e o Mercado de Investimentos Cripto
No Brasil, a visão sobre as criptomoedas é um pouco diferente. Os brasileiros veem esses ativos principalmente como oportunidades de investimento. O mercado cripto no Brasil é bem desenvolvido, com a bolsa de valores oferecendo produtos relacionados a criptomoedas. Isso reflete uma confiança crescente nos criptoativos como uma forma válida e lucrativa de investimento.
Venezuela: Um Caso à Parte
A Venezuela é outro país da América Latina que aparece no ranking global de propriedade de criptomoedas, ocupando o 17º lugar com pouco mais de 10% da população investindo em cripto. Assim como na Argentina, a crise econômica e a hiperinflação impulsionam a busca por alternativas mais estáveis, com um foco significativo em stablecoins.
Crescimento Global das Criptomoedas
A propriedade de criptomoedas está em ascensão em todo o mundo, com a Ásia liderando esse crescimento. A região possui cerca de 326,8 milhões de pessoas que investem em cripto, um aumento de 21,8% em relação a 2023. Isso destaca o papel cada vez mais importante das moedas digitais no ecossistema financeiro global, conforme apontado pela Triple-A.
Conclusão
A América Latina está se tornando um epicentro para as criptomoedas, impulsionada por fatores econômicos específicos de cada país. A Argentina e o Brasil estão na vanguarda dessa tendência, mostrando que as criptomoedas não são apenas uma moda passageira, mas uma solução real para problemas financeiros persistentes. Com o crescimento contínuo da propriedade de criptomoedas em todo o mundo, fica claro que as moedas digitais vieram para ficar e moldar o futuro do sistema financeiro global.