Nos últimos meses, o mercado de criptomoedas tem sido marcado por uma série de movimentos turbulentos, e o Bitcoin não é exceção. Com a queda recente de seu preço para a faixa de $50.000 a $52.000, muitos investidores estão se perguntando sobre os próximos passos dessa moeda digital pioneira.
De acordo com uma análise da Standard Chartered, liderada por Geoffrey Kendrick, especialista em pesquisa de ativos digitais, vários fatores estão contribuindo para essa correção de preço. Em primeiro lugar, a persistente inflação nos Estados Unidos está causando uma redução na liquidez do mercado, afetando ativos como o Bitcoin, que historicamente se beneficiam de ambientes de alta liquidez.
Além disso, a reduzida probabilidade de cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed) está tornando os investidores mais cautelosos em relação a ativos mais arriscados, como o Bitcoin. Este cenário é agravado pela queda na demanda por fundos de Bitcoin negociados em bolsa, tanto nos EUA quanto em Hong Kong, o que está contribuindo para a atual correção de preços.
Apesar desses desafios, Kendrick sugere que há uma oportunidade de reinserção no Bitcoin na faixa de $50.000 a $52.000, especialmente se os dados do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) dos EUA, que serão divulgados em breve, forem favoráveis. Isso poderia aliviar algumas das pressões macroeconômicas sobre o mercado de criptomoedas.
A Standard Chartered reiterou sua meta de preço de $150.000 para o Bitcoin até o final deste ano, com Kendrick prevendo até mesmo um preço de $200.000 até o final de 2025. Ele sugere que, embora o progresso possa ser lento inicialmente, um rally significativo pode ser esperado, especialmente próximo à antecipada vitória eleitoral de Trump, entre setembro e o final do ano.
Em suma, embora o Bitcoin possa enfrentar desafios no curto prazo, a análise da Standard Chartered sugere que há razões para otimismo a longo prazo. Os investidores devem monitorar de perto os próximos movimentos do mercado e considerar as oportunidades de reinserção conforme o Bitcoin continua a se consolidar como uma classe de ativos globalmente reconhecida.